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Saiba tudo sobre o bailarino potiguar que se apresentou na abertura das Olimpíadas

Imagino que muitos de vocês não sabem, mas nós tivemos a participação potiguar na abertura das Olimpíadas do Rio.

Isso mesmo, o Renato Riê foi o único dançarino potiguar a se apresentar na abertura deste evento mundial. Como se não fosse motivo de orgulho suficiente, ele ainda foi convidado para participar da abertura dos jogos Paralímpicos.

Confira um pouco sobre a história do Renato na nossa entrevista abaixo:

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1. Conte um pouco sobre a sua trajetória de bailarino em Natal

Iniciei minha trajetória na dança em 2005, em um grupo de dança de rua chamado Art D’ Rua, localizado no bairro Nossa Senhora da Apresentação. E foi neste mesmo grupo onde comecei a ministrar aulas também. Em 2011 ingressei no Curso de Licenciatura em Dança na UFRN e lá já integrei o grupo de extensão Gaya Dança Contemporânea, fiquei durante dois anos. Em 2013 me afastei do grupo de danças urbanas e do projeto de extensão, e fui integrar o elenco da Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão(CDTAM) até maio de 2015, quando me mudei para o Rio. Foi na CDTAM que eu pude obter uma experiência mais profissional como bailarino.

2. Em que momento você decidiu morar no Rio de Janeiro? E por que?

Desde quando ingressei na universidade eu já projetava uma ideia de querer sair da cidade. Passaria os quatro anos estudando e planejando pra onde ir. A necessidade de ir pra outro lugar era, simplesmente, realizar meus sonhos como bailarino. Sempre desejei trabalhar com a dança mais no sentido comercial, tv, shows com artistas, vídeo clipes, etc. Partindo desse desejo, cheguei a cogitar São Paulo e Rio, mas o Rio de Janeiro me daria uma segurança melhor, pois tenho familiares que moram na cidade.

3. Como surgiu a oportunidade de dançar na abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro?

Houve uma audição para selecionar alguns bailarinos que se encaixassem na proposta do trabalho. Por ser bolsista na escola da coreógrafa, uma de suas assistentes era minha professora no CMDC (Centro de Movimento Deborah Colker), sendo assim, ela também me indicou para fazer parte do trabalho. Logo após me ligaram dando a notícia que fui selecionado para fazer parte da equipe de profissionais da abertura da cerimônia.

4. Qual foi sua sensação de dançar para milhões de pessoas em um evento do porte das Olimpíadas?

 Ainda parece inacreditável ter feito parte desse projeto tão grandioso. O maior espetáculo do mundo. Passamos cerca de 2 meses e 15 dias ensaiando intensivamente, além dos workshops de criação e experimentação, e ter tido a oportunidade de ver esse trabalho ganhando vida a cada dia foi muito especial. Este foi o trabalho mais importante da minha carreira até o momento, poder ter uma noção de como funciona um trabalho que envolve milhares de pessoas na criação de um evento de porte internacional é gratificante. A sensação de dançar para bilhões de pessoas assistindo na tv e outras milhares presente no Maracanã é indescritível, foi único, foi mágico, e sentir a energia do público vibrando a cada momento é incrível, mostrando que nosso trabalho que foi realizado com muito suor, dedicação, carinho e muito amor entre todos os que fizeram esse projeto acontecer obteve um resultado muito positivo pelo público. Extremamente feliz e grato por ter feito parte dessa história. É algo que vai ficar marcado em minha vida eternamente com toda a certeza.
E agora é se preparar para a abertura dos Jogos Paralímpicos, que com certeza será uma experiência única também.

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